terça-feira, 13 de julho de 2010

Trabalhar ou não trabalhar

E hoje estou com nauseas só de pensar em ir trabalhar amanhã!
Acho que um dia vou sair por aquela porta e não voltar mais...

2 comentários:

António Barata disse...

A improbidade e ineficiência e seus desencantos associados nas actividades profissionais são talvez as características distintivas da nossa época. O artífice de outrora tinha que trabalhar; o operário actual tem de fazer uma máquina ou um outro sistema qualquer trabalhar. É um simples capataz de escravos de metal; ou papel, ou outra tecnologia qualquer; torna-se tão embrutecido como um capataz de escravos, mas menos interessante, porque nem sequer se lhe podem chamar tirano.
Tal como o capataz de escravos se torna escravo da sua função e adquire, desse modo uma mentalidade de escravo, ainda que de um escravo mais afortunado, também o capataz de máquinas se transforma numa mera alavanca biótica, numa espécie de mecanismo de arranque associado a um motor.

No entanto, Participar na produção em massa pode permitir que um homem continue a ser um humano decente; na verdade, é algo tão vil que não o afecta necessariamente.
Mas participar na produção em massa não permite que ele continue a ser um operário humano decente.
A eficiência é menos complexa, hoje em dia. A ineficiência pode, por isso, passar facilmente por eficiência e ser, na verdade, eficiente.


Fernando Pessoa, in 'Heróstato'


Confuso talvez o Fernando... mas há que continuar a labuta ainda que penosa!
Força amiga!...

aovirardaesquina disse...

Bigada és um kido. Era bom o tempo em que trabalhavamos todos juntos, mais divertido do que agora.