quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sobre a verdade

Se tudo tivesse corrido bem, hoje a esta hora já teria tido a conversa que tanto preciso ter. Mas não, vou ter que esperar por amanhã, é só mais um dia e a fazer figas para que não morra o piriquito ou a tartaruga e ele mais uma vez fique indisponivel. E sobre a conversa que tanto preciso de ter a minha amiga totobolinhas hoje disse-me:
- Sabes, ontém fui para casa a pensar na conversa que vais ter. Se eu fosse a ti não dizia a verdade, pelo menos toda. Acredita em mim Susana, que sou mais velha que tu e já passei por uma relação assim, se lhe contares ele vai mudar a opinião sobre ti e passar a olhar-te com outros olhos. Acho que deves definir as coisas mas não chegues a tanto sobre ti, tens que te salvaguardar.
Isto é a voz da experiência e a amizade que ela me tem. Não há dúvidas que quer o melhor para mim. Aliás quando lhe contei o que se passava perguntou-me logo se eu tinha um plano B para a minha vida, mas eu não sou totobolinhas, sou Susana. A Susana não sabe o que são planos B nem atalhos quando se trata de verdadeiro Amor. E a Susana não sabe falar sem ser a verdade sobre si. Se ás vezes minto? Claro que sim como qualquer outra pessoa, mas minto sobre os outros, minto para não magoar dando uma má opinião ou oculto. Muitos o fazem, eu também. Agora sobre mim... como posso eu mentir? Posso conter... até o tenho feito e não me tem levado a lado nenhum... mas mentir? Sou o que sou e sinto o que sinto, como se mente sobre isso? E depois como se vive com mentiras? É verdade que quem não ganha o hábito de guardar mágoas também não carrega o peso de perdão, não é o mesmo com a mentira?
Contra todas as opiniões e partindo do principio que o piriquito não morre e o cacilheiro amanhã não afunda, eu vou dizer a verdade. Só ela nos liberta mesmo que doa, e doer... já doi há muito tempo.

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