quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A familia e eu


Quando nos juntamos em familia os assuntos predilectos além de contar as novidades são as histórias engraçadas dos nossos avós e eu. Não sei bem porquê mas eu sou um assunto de grande interesse e todos me veêm como alguém que não sei se sou ou se calhar ás vezes esqueço que sou. E aqui estamos a falar de caracteristicas que levadas ao extremo não são necessáriamente as melhores: nariz empinado, voluntariosa, de personalidade muito forte, a guerreira que aguenta tudo e que tem um mau génio desgraçado. Eu não sei se cabe tanta coisa destas dentro de mim.
Têm uma ideia de que sou inabalavel, e há bem pouco tempo numa conversa eu dizia - não sou um tanque belindado. E a prova está aqui, nesta fase que estou a passar. Passo por dificuldades como qualquer outra pessoa e também me vou abaixo de vez em quando. Ainda assim ao ouvir falar sobre mim, quase como se eu não estivesse na mesa a almoçar com eles, percebi algo que ainda não tinha interiorizado.
Sim sou obstinada e voluntariosa, insisti 3 anos num relacionamento que me deixou esgotada, mas ainda assim aquilo que gostei mais de ouvir e que me dei conta que é verdade é que sou corajosa. Terminei uma relação mesmo amando aquela pessoa, porque não suportava a forma como ele me tratava, e há pessoas que nunca são capazes de fazer aquilo que eu fiz. Há que impor limites na forma como queremos e admitimos que nos tratem, e quando não é a correcta, por muito que esse amor nos pese no peito temos que dizer basta. Sofro todos os dias com a decisão que tomei, mas não me arrependo. Antes ter amor próprio, que o pouco amor de alguém por mim.

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