sábado, 23 de agosto de 2014

Pobre Sherlock Holmes

É que isto do método dedutivo parece muito lógico, mas complica-se logo de seguida quando estamos a ver o óbvio e insistem que percebemos tudo errado. Senão vejamos:
 
Se sou filha da minha mãe, tenho que ter pelo menos um apelido igual ao dela, logo, se não tenho nenhum apelido igual, ou não sou filha dela ou sou filha bastarda.
 
Se quando me perguntam quem é pessoa X me apronto a dizer que é alguém que eu conheço, mas uns tempos depois já não sou eu que conheço essa pessoa mas uma prima minha, das duas uma... ou menti da primeira vez, ou menti da segunda. Mas que menti é certo.
 
Se para comprar algo que preciso, faço uma busca na net e descubro uns potenciais vendedores, vou ter com eles para ver o produto, sendo que são pessoas de quem nunca ouvi falar e de repente aparece a prima, que afinal conhece a suposta filha que não tem os mesmos apelidos que a mãe, que será neste caso a vendedora e potência outra parte do negócio para o qual ela não tem qualquer beneficio. Qual é a probabilidade da minha prima saber aquilo que quero comprar e não se lembrar que pessoa X tem para vender? E só no momento em que vou fechar o negócio aparecer com a filha dessa pessoa que não tem os mesmos apelidos?
Pois eu penso igual... não tem ponta por onde se pegue.
É por isso que não estranho que o Sherlock se meta no ópio. É que ver uma situação com nitidez e estarem a dizer que vemos mal, só lá vai mesmo com drogas!
 
 

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